Estilo de vida e obesidade impulsionam aumento de casos em pessoas com menos de 50 anos.
O crescimento da incidência de câncer em pacientes com menos de 50 anos tem preocupado especialistas. Segundo o oncologista Dr. Kélio Pinto, hábitos de vida inadequados e fatores ambientais representam 90% das causas da doença, enquanto apenas 10% dos casos são de origem genética. “Antigamente, o câncer era uma doença associada aos idosos, mas hoje vemos jovens com um metabolismo comprometido, como se tivessem décadas a mais”, explica.
Entre os tipos mais recorrentes, o câncer colorretal aumentou 300% em pacientes abaixo de 30 anos, seguido pelo câncer de mama precoce e tumores testiculares. Além da má alimentação e do sedentarismo, um fator preocupante é a obesidade, que está diretamente ligada à inflamação crônica e ao desenvolvimento de células cancerígenas. “Estudos mostram que, nos próximos anos, cerca de 500 milhões de jovens estarão obesos e sedentários, o que trará impactos severos na saúde pública”, alerta o especialista.
Outro obstáculo é a falta de cultura preventiva entre os jovens, que muitas vezes descobrem a doença em estágios avançados. Para evitar complicações, recomenda-se a realização de exames de rastreio adequados à idade e ao histórico familiar, além da vacinação contra o HPV, que pode prevenir o câncer de colo do útero e orofaringe. “Existem ferramentas para ajudar, mas os pacientes precisam se conscientizar sobre a importância da prevenção”, reforça Dr. Pinto.
Para aqueles que já enfrentam o diagnóstico de câncer, o suporte multidisciplinar é essencial. Nutricionistas e psicólogos integram o tratamento, promovendo melhor qualidade de vida. Tecnologias como a Touca Paxman, que minimiza a queda de cabelo durante a quimioterapia, são um alívio para pacientes em tratamento. No Centro Médico Unimed Tubarão, essa tecnologia está disponível com um custo adicional para quem deseja preservar a autoestima durante o tratamento. “A mudança de hábitos, o pensamento positivo e a confiança no processo são fundamentais para atravessar essa fase com mais esperança”, conclui o oncologista.

