A dor aguda tem uma importante função biológica no nosso organismo. É por meio dela que entendemos que algo não está certo em nosso corpo. Mas quando essa dor não é tratada e persiste por mais de três meses pode se tornar crônica. O problema daí passa a não ser mais o que está causando a dor, mas sim, a própria dor em si. Esse foi o tema do videocast Viva Saúde Unimed com o anestesista e terapeuta da dor, Dr. Ney Bianchini.

A dor crônica revela mais do que uma simples dor física. Ela vem acompanhada de estresse, dor emocional, depressão, entre outras condições que pioram muito a qualidade de vida do paciente. Existem diversos tipos de dores crônicas, entre elas podemos destacar as dores neuropáticas, oncológicas, neuralgia pós-herpética, miofascial e fibromialgia.

A estimativa é que esta última acometa de 2% a 3% da população brasileira, a maioria mulheres entre 30 e 50 anos de idade. A fibromialgia é uma doença crônica que não tem cura. Por não aparecer em nenhum exame de imagem ou sangue, ela é diagnosticada com a história clínica do paciente, relato de dor generalizada e a confirmação de pontos específicos dolorosos ao toque do médico.  “Quando um paciente é diagnosticado com a fibromialgia dois pontos são essenciais: o primeiro é a atividade física e o segundo é a conscientização. Apenas quando o paciente entende a doença, ele consegue criar mecanismos para tentar deixar as crises menos frequentes e com menor intensidade”, revela Dr. Ney.

Outras doenças reumatológicas podem se manifestar associadas à fibromialgia deixando o paciente com ainda mais dificuldade de realizar suas tarefas no dia a dia. Além disso, a depressão está presente na maior parte dos casos, trazendo prejuízos não só físicos, mas também sociais. “Pacientes com essa condição costumam não querer ter contato social, faltam muito ao trabalho por conta das dores e possuem um quadro depressivo importante”, diz o anestesista.

O tratamento para dores crônicas precisa ser individual e multidisciplinar. Psicólogos, terapeutas da dor, fisioterapeutas, profissionais da educação física, todos precisam fazer parte da vida desses pacientes, além claro, das medicações. “Um dos tratamentos usados é o uso do canabidiol. Para alguns pacientes o uso dele junto com o apoio da equipe multidisciplinar auxilia na diminuição dos quadros de dor intensa e pode sim ajudar numa melhor qualidade de vida”. Revela Dr. Ney.

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