O câncer de pele é uma das formas mais comuns de câncer em todo o mundo, com milhões de novos casos diagnosticados anualmente. No Brasil, a situação não é diferente. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele representa cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. A principal causa desse tipo de câncer é a exposição excessiva aos raios ultravioletas (UV) do sol, que danificam o DNA das células da pele, levando a mutações que podem resultar em câncer. A conscientização sobre os riscos e a adoção de medidas preventivas são essenciais para reduzir a incidência dessa doença. Esse foi o assunto do Videocast Viva Saúde da Unimed Tubarão com o cirurgião oncológico Luiz Henrique Locks.
A região Sul do Brasil apresenta uma incidência de câncer de pele significativamente maior do que outras regiões do país. Estudos indicam que a população dessa área é três vezes mais propensa a desenvolver câncer de pele. Isso se deve, em parte, à colonização alemã e italiana, que trouxe uma população de pele clara, mais suscetível aos danos causados pela radiação UV4. Além disso, a cultura agrícola predominante na região expõe os trabalhadores a longas horas de sol sem a devida proteção, aumentando ainda mais o risco. A combinação desses fatores torna a prevenção e o diagnóstico precoce ainda mais cruciais na região.
Existem dois principais tipos de câncer de pele: melanoma e carcinoma. O melanoma é menos comum, mas muito mais agressivo, com uma maior probabilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Já os carcinomas, que incluem o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, são mais frequentes e geralmente menos agressivos. O carcinoma basocelular é o tipo mais comum e raramente se espalha, enquanto o carcinoma espinocelular pode ser mais invasivo, mas ainda assim é menos perigoso que o melanoma. A distinção entre esses tipos é fundamental para o tratamento e prognóstico.
O tratamento do câncer de pele varia conforme o tipo e o estágio da doença. Para os carcinomas, a cirurgia é frequentemente a primeira linha de tratamento, com a remoção da lesão e uma margem de pele saudável ao redor. Em casos de melanoma, além da cirurgia, podem ser necessárias terapias adicionais como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
A prevenção é a melhor estratégia contra o câncer de pele. O uso diário de protetor solar é uma medida simples, mas extremamente eficaz para proteger a pele dos danos causados pelos raios UV13. Além disso, é importante evitar a exposição solar durante os horários de pico, entre 10h e 16h, e usar roupas de proteção, chapéus e óculos de sol. A detecção precoce também é crucial; realizar autoexames regulares e consultas dermatológicas anuais pode ajudar a identificar sinais de câncer de pele em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz. A conscientização sobre a importância dessas medidas pode salvar vidas e reduzir significativamente a incidência de câncer de pele.
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