Doença silenciosa afeta o funcionamento dos rins e pode comprometer diversos sistemas do corpo
A insuficiência renal crônica (IRC) é uma condição progressiva em que os rins perdem, aos poucos, a capacidade de filtrar impurezas e regular funções essenciais do organismo. Embora muitas pessoas associem os rins apenas à produção de urina, sua atuação vai muito além. “Os rins regulam a pressão arterial, o equilíbrio de líquidos, produzem hormônios como a vitamina D e a eritropoietina, e controlam eletrólitos como o potássio. Quando não funcionam bem, todo o corpo sofre”, explica a nefrologista Dra. Christine Zomer Dal Molin.
Segundo a especialista, é comum que pacientes com doença renal não percebam os sintomas logo no início, especialmente quando continuam urinando normalmente. “Fazer xixi não significa que os rins estão saudáveis. A função renal envolve processos complexos que podem estar comprometidos mesmo sem sinais evidentes”, alerta. A avaliação da função dos rins é feita por meio de exames como, por exemplo, a creatinina, que indicam o quanto o órgão está filtrando o sangue.
A doença é dividida em cinco estágios, sendo o grau 1 o mais leve e o grau 5 o mais avançado. “No grau 5, o paciente pode precisar de terapia renal substitutiva, como hemodiálise, diálise peritoneal ou até transplante. Mas em muitos casos, conseguimos acompanhar com tratamento conservador, ajustando medicações e hábitos de vida”, explica Dra. Christine
A insuficiência renal crônica é mais comum do que se imagina: afeta de 1 a 2 pessoas a cada 10 no mundo. As principais causas são doenças altamente prevalentes, como diabetes e hipertensão arterial. “Essas duas condições são responsáveis pela maioria dos casos de insuficiência renal. Além delas, há doenças císticas, glomerulopatias e algumas enfermidades hereditárias, como a doença renal policística do adulto”, destaca a médica. Embora homens e mulheres possam ser afetados, o risco aumenta com a idade e com o histórico familiar — fatores que devem ser considerados no acompanhamento clínico.
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