O frio aumenta os riscos para quem convive com hipertensão e outras doenças cardiovasculares

Com a chegada do inverno, os cuidados com a saúde cardiovascular ganham ainda mais importância. Segundo o cardiologista Dr. Bruno Medeiros dos Santos, médico cooperado da Unimed Tubarão, as baixas temperaturas provocam alterações fisiológicas que podem agravar quadros já existentes, especialmente a hipertensão arterial. “O corpo tenta manter o calor fechando a circulação periférica, o que chamamos de vasoconstrição. Isso exige mais esforço do coração e pode elevar a pressão arterial, aumentando o risco de infarto e AVC”, explica o médico.

A hipertensão, considerada uma das principais portas de entrada para doenças cardiovasculares, tende a se descompensar no frio. “Muitas vezes, o paciente que estava com a pressão controlada no verão precisa de ajustes no inverno. A meta ideal, segundo diretrizes recentes, é manter a pressão abaixo de 120 por 70 mmHg”, destaca Dr. Bruno. Ele também reforça que o consumo excessivo de sal, o sedentarismo e a obesidade são fatores que agravam o quadro, e que mudanças simples no estilo de vida podem ter impacto direto na prevenção.

Além do frio, outros vilões silenciosos contribuem para o aumento das doenças cardiovasculares: tabagismo, diabetes, colesterol elevado, estresse e apneia do sono. “Esses fatores, quando não controlados, aumentam significativamente o risco de eventos cardíacos. E para quem tem histórico familiar, o acompanhamento deve começar mais cedo, com exames periódicos e metas mais rígidas”, orienta o cardiologista.

A boa notícia é que a prevenção está ao alcance de todos. Dr. Bruno recomenda manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios aeróbicos regularmente, evitar o excesso de sal e álcool, e não abandonar os medicamentos prescritos. “O inverno pode ser um desafio, mas também é uma oportunidade para reforçar o autocuidado. O coração agradece”, conclui.

 

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