Como o amor e a dedicação transformaram uma experiência difícil em uma carreira apaixonante.
No dia 12 de maio, celebramos o Dia da Enfermagem, e hoje chegou a vez de conhecermos a história da Joseani Corrêa. Para ela, a enfermagem não foi uma escolha planejada, mas sim um caminho que surgiu em meio a uma das fases mais difíceis de sua vida.
Aos 23 anos, Joseani enfrentou um grande desafio: seu então marido sofreu um grave acidente e precisou ficar internado por quatro meses em um hospital de Florianópolis. Em uma cidade desconhecida, longe de sua rotina, ela se viu na posição de cuidadora, dedicando-se integralmente ao bem-estar dele.
“Eu tinha que dar banho, fazer curativo e usar técnicas que eu nunca tinha ouvido falar. O médico, que também era professor, sempre me elogiava quando chegava com os alunos no quarto. Ele dizia: ‘Ela tão novinha, e já deixa o paciente pronto, de banho tomado, curativo feito.’”
Mesmo em meio ao sofrimento, Joseani percebeu que cuidar dos pacientes era algo que lhe trazia satisfação. Além de ajudar seu ex-marido, ela também auxiliava outros pacientes no quarto, acompanhando-os até o banheiro, oferecendo comida e dando atenção. Foi ali que nasceu sua vocação para a enfermagem.
Quando ele teve alta, Joseani decidiu transformar essa experiência em profissão. Levou seu currículo ao hospital e começou a trabalhar como atendente, já que na época não existia o curso de técnico de enfermagem. Cinco anos depois, formou-se como auxiliar de enfermagem e continuou sua trajetória na área.
“Sempre me envolvi muito com os pacientes. Eu choro junto com as famílias, sinto essa dor sabe? Mas isso é minha essência, meu coração é assim. Sempre me coloquei no lugar do paciente e do familiar.”
A enfermagem não foi apenas uma profissão para Joseani, mas um caminho de crescimento e superação. Aos 23 anos, precisou assumir a casa, cuidar do filho e enfrentar anos de batalha, equilibrando o trabalho no hospital com os cuidados do ex-marido.
“Tudo que eu passei me serviu para crescer, me tornou uma pessoa melhor e mais forte. E, acima de tudo, me fez amar e me apaixonar pela enfermagem. Hoje estou aposentada, não atuo mais na assistência, mas continuo trabalhando no Hospital na parte burocrática. Ainda tenho contato com os familiares e com os pacientes, porque é isso que eu amo fazer.”
Mesmo após a aposentadoria, Joseani segue conectada à área, provando que a vocação para cuidar nunca deixa de existir. Seu legado é um exemplo de dedicação e inspiração para todos que escolhem essa jornada.
Nossa gratidão a todos os enfermeiros e técnicos de enfermagem que, assim como Joseani, fazem da sua trajetória um verdadeiro ato de amor!

